27 de setembro de 2010

fml wars: episode II

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São 9 e meia da manhã de uma segunda-feira e eu estou acordada. Sim, as aulas começaram. Não, não tenho por hábito comparecer a cadeiras que tenham início antes das 10 . É a primeira aula do primeiro dia de aulas, e há qualquer coisa de estupidamente imoral em não comparecer a este momento.

Vim a viagem toda para cá a pensar em como este ano seria melhor. Acabaram-se os meses de choro, depressão, comer compulsivamente e olhar tristemente para a rua lá fora com o cabelo por lavar e os cantos da boca sujos de oreos, de livros espalhados no chão e um pai que grita que melhor mesmo seria eu ir servir imperiais nalgum lado. Que provavelmente até seria.

Diz que afinal não. Uma pessoa entra nisto, até se sente feliz, passa meia hora e dá conta que é a única sem pelo menos duas páginas cheias de apontamentos de história islâmica e bizantina da merda da medicina. Sem nenhuma página, realmente. Mas ao menos voltei a escrever no blogue, han? Hajam prioridades nesta vida. É porém reconfortante perceber que conforme os quartos de hora vão passando há bastantes aderentes a esta minha prática de não escrever rigorosamente nada em tempo lectivo, para além de extensas prosas em tom de diário. A segunda fase deste processo de desatenção constitui em jogar exaustivamente à forca até um dos pobres coitados ao meu lado desistir. Mas o João raramente desiste, cromo.

Este ano não vai ser melhor, vai ser exactamente igual.

E isso nem é muito mau.

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