31 de maio de 2010

hoje foi o dia

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Há dias de merda. Hoje foi o dia. Que saída previsível.

Hoje tive teste final de Histologia. Tive 12, acabei com 11. Dia de merda? Passado está, mas custa-me passar dos 18's aos 12's.

Hoje percebi que falta uma semana para a minha oral de Anatomia e que ainda não estudei. A merdice que esta conclusão trouxe ao meu dia é inexplicável.

Hoje bati com o meu carro. Bati por trás. A grelha ficou para dentro. O meu pai diz que eu conduzo mal e que nunca me devia ter dado um carro. E disse mal, de forma esperada, da minha triste nota. Dia de merda? Parece-me um sim consistente.

Hoje fizeste outra vez merda. Desta vez chegou. Há casos e casos, e não és propriamente o Romeu cá da zona que tenho de ter apaixonadamente. Se fosses é que era grave. E até já Romeus despachei. Vai tudo correr bem até acabarem dos exames. Depois disso, é que vai ser difícil portar-me bem. 

É sempre tão difícil portar-me bem..

28 de maio de 2010

não páras

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E desta vez não foste roubar à roseira do vizinho..

27 de maio de 2010

anatomia

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São.. não sei quantas páginas são. Não quis contar porque tive medo. Este semestre vou tentar a proeza de passar na oral de Anatomia com uma e única semana de estudo, sem ter lido nada antes.




Impossible is nothing, right? Querias.

See you all in a week or so.

26 de maio de 2010

brighten up my day

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Will you?

23 de maio de 2010

rosas

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Passei a manhã a resumir um capítulo de um livro desinteressante na mesa do jardim. O silêncio reinava até chegar o meu pai e ligar o rádio da piscina na Comercial. Música de merda. Depois chegou o meu avô, e não houve silêncio para mais ninguém. O silêncio e a Histologia foram dar uma curva rápida, de mãos dadas. O meu avô sentou-se comigo à mesa e comentou que as rosas do canteiro estavam bonitas. 

Sabes que nunca me deram rosas Nito? 

Mentira. Num aniversário meu, em jeito de me reconquistares, vieste dar-me uma rosa vermelha à porta. Não serviu de grande coisa, pelo menos naquela altura.

O meu avô ficou parado a olhar para mim. Comentou, e eu bem sei que é verdade, que oferece flores à minha avó numa frequência razoável. Não é que as vá comprar, apenas as rouba dos canteiros dos vizinhos. Mas quem é que quer saber? É bonito na mesma. 

Levantou-se e desapareceu. Continuei a resumir o fascinante parágrafo sobre a formação da dentina nos.. dentes. Que curso tão fácil. Passados cerca de 10 minutos ouço o meu avô a voltar, os passos de alguém que ouves há 19 anos começam a ser facilmente reconhecíveis, e vejo-o a pousar um copo de água cheio de rosas cor-de-rosa lá dentro.




São para ti Neca, para estudares melhor.

22 de maio de 2010

estou além

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Não consigo dominar
Este estado de ansiedade
A pressa de chegar
P'ra não chegar tarde
Não sei de que é que eu fujo
Será desta solidão
Mas porque é que eu recuso
Quem quer dar-me a mão

Vou continuar a procurar a quem eu me quero dar
Porque até aqui eu só
Quero quem
Quem eu nunca vi
Porque eu só quero quem
Quem não conheci
Porque eu só quero quem
Quem eu nunca vi
Porque eu só quero quem
Quem não conheci
Porque eu só quero quem
Quem eu nunca vi

Esta insatisfação
Não consigo compreender
Sempre esta sensação
Que estou a perder
Tenho pressa de sair
Quero sentir ao chegar
Vontade de partir
P'ra outro lugar

Vou continuar a procurar o meu mundo, o meu lugar
Porque até aqui eu só
Estou bem
Aonde não estou
Porque eu só quero ir
Aonde eu não vou
Porque eu só estou bem
Aonde não estou
Porque eu só quero ir
Aonde eu não vou
Porque eu só estou bem
Aonde não estou


António Variações

21 de maio de 2010

ó pai,

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Como assim há um livro de anatomia pior que o Rouvière?

Testut quantas?

20 de maio de 2010

receita de mulher

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As muito feias que me perdoem
Mas beleza é fundamental. É preciso
Que haja qualquer coisa de flor em tudo isso
Qualquer coisa de dança,
qualquer coisa de haute couture
Em tudo isso (ou então
Que a mulher se socialize
elegantemente em azul,
como na República Popular Chinesa).
Não há meio-termo possível. É preciso
Que tudo isso seja belo. É preciso
que súbito tenha-se a
impressão de ver uma
garça apenas pousada e que um rosto
Adquira de vez em quando essa cor só
encontrável no terceiro minuto da aurora.
É preciso que tudo isso seja sem ser, mas
que se reflita e desabroche
No olhar dos homens. É preciso,
é absolutamente preciso
Que seja tudo belo e inesperado. É preciso que
umas pálpebras cerradas
Lembrem um verso de Éluard e que se acaricie nuns braços
Alguma coisa além da carne: que se os toque
Como no âmbar de uma tarde. Ah, deixai-me dizer-vos
Que é preciso que a mulher que ali está como a corola ante o pássaro
Seja bela ou tenha pelo menos um rosto que lembre um templo e
Seja leve como um resto de nuvem: mas que seja uma nuvem
Com olhos e nádegas. Nádegas é importantíssimo. Olhos então
Nem se fala, que olhe com certa maldade inocente. Uma boca
Fresca (nunca úmida!) é também de extrema pertinência.
É preciso que as extremidades sejam magras; que uns ossos
Despontem, sobretudo a rótula no cruzar das pernas,
e as pontas pélvicas
No enlaçar de uma cintura semovente.
Gravíssimo é porém o problema das saboneteiras:
uma mulher sem saboneteiras
É como um rio sem pontes. Indispensável.
Que haja uma hipótese de barriguinha, e em seguida
A mulher se alteie em cálice, e que seus seios
Sejam uma expressão greco-romana, mas que gótica ou barroca
E possam iluminar o escuro com uma capacidade mínima de cinco velas.
Sobremodo pertinaz é estarem a caveira e a coluna vertebral
Levemente à mostra; e que exista um grande latifúndio dorsal!
Os membros que terminem como hastes, mas que haja um certo volume de coxas
E que elas sejam lisas, lisas como a pétala e cobertas de suavíssima penugem
No entanto, sensível à carícia em sentido contrário.
É aconselhável na axila uma doce relva com aroma próprio
Apenas sensível (um mínimo de produtos farmacêuticos!).
Preferíveis sem dúvida os pescoços longos
De forma que a cabeça dê por vezes a impressão
De nada ter a ver com o corpo, e a mulher não lembre
Flores sem mistério. Pés e mãos devem conter elementos góticos
Discretos. A pele deve ser frescas nas mãos, nos braços, no dorso, e na face
Mas que as concavidades e reentrâncias tenham uma temperatura nunca inferior
A 37 graus centígrados, podendo eventualmente provocar queimaduras
Do primeiro grau. Os olhos, que sejam de preferência grandes
E de rotação pelo menos tão lenta quanto a da Terra; e
Que se coloquem sempre para lá de um invisível muro de paixão
Que é preciso ultrapassar. Que a mulher seja em princípio alta
Ou, caso baixa, que tenha a atitude mental dos altos píncaros.
Ah, que a mulher dê sempre a impressão de que se fechar os olhos
Ao abri-los ela não estará mais presente
Com seu sorriso e suas tramas. Que ela surja, não venha; parta, não vá
E que possua uma certa capacidade de emudecer subitamente e nos fazer beber
O fel da dúvida. Oh, sobretudo
Que ela não perca nunca, não importa em que mundo
Não importa em que circunstâncias, a sua infinita volubilidade
De pássaro; e que acariciada no fundo de si mesma
Transforme-se em fera sem perder sua graça de ave; e que exale sempre
O impossível perfume; e destile sempre
O embriagante mel; e cante sempre o inaudível canto
Da sua combustão; e não deixe de ser nunca a eterna dançarina
Do efêmero; e em sua incalculável imperfeição
Constitua a coisa mais bela e mais perfeita de toda a criação inumerável.



Vinicius de Moraes

19 de maio de 2010

ai

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Cala-te! Cala-te mulher de Deus que eu já não te posso ouvir. Cala-te, cala-te, cala-te, cala-te, cala-te!

É sem querer. Eu não te quero odiar.. mas tu não te calas.

Cala-te, pelo amor da santa, cala-te para eu conseguir viver contigo sem te querer matar de 5 em 5 segundos.

Porra, Anatomia deixa-me nervosa.

18 de maio de 2010

warning sign

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Como é que me apanharam numa destas? Já lá iam uns anos, que eu me lembre.

É este o problema de eu ser uma rapariga que até gosta de ouvir boatos mas que lhes passa pouco cartão. Eu sabia que era estranho TANTA gente, mas não quis saber.

Acho que agora quero. Chega uma altura em que a nossa mão nos espanca sozinha, "Mas que raio de cabra és tu?".

Mas que raio de cabra sou eu? Que é feito da minha personalidade tão útil e horrível? Seja lá qual for a razão, está na altura de a ir buscar ao baú.

Eu queria mesmo parar com a reviravolta dos últimos meses, mas cheira-me que ainda não vai ser desta. E o mal foi eu querer! Olha lá a embrulhada em que já te foste meter Mafalda! Tudo ali tão bem escarrapachado e tu armada em criança feliz. Nem parece teu.. tsc tsc.



O que vale é que destes assuntos sempre tratei eu rápido, e este pequeno trabalho não será excepção. Já Anatomia..

rewind

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Dei o dia de hoje declarado como o primeiro do meu estudo a sério para os exames de 2º semestre. Sendo assim, perdi cerca de duas horas a ler este blog desde o seu primeiro post até ao último, não lendo qualquer tipo de conteúdo relacionado com nenhuma cadeira da faculdade.

É estranho como tudo muda. Curiosamente aquilo em que mais reparei é que deixei de escrever aqui a minha vida. Isto era o meu diário sem detalhes sórdidos, onde eu escrevia tudo o que me acontecia, porque me apetecia. Não sei se deixou de me apetecer, ou se simplesmente deixei de querer que vocês soubessem o que me vai na cabeça.

Acho que não vale a pena. Tão pouca gente me conhece hoje em dia, uma mão chega para contar. 

Reparem, uma pessoa habitua-se tanto a não ser ninguém ao pé dos outros que a coisa acaba por pegar. Deixa de ser voluntário este disfarce patético que em tempos me fora muito útil para não me chatearem. Já não é. É só um disfarce que já não sai.

Nem aqui escrevi que acabámos. Nem que me chamaste nomes. Dos feios e maus e sem sentido.

Nem aqui escrevi o que verdadeiramente fiz contigo e porquê.

Nem aqui escrevi que te conheci, e que és horrível, mas que serena continuo.

Suponho que esteja, lá no fundo, mudada. Um disfarce não consegue tanto sozinho, qualquer coisa vem de dentro. Este "eu não quero saber".  Tão 18 anos, não é? É o que toda a gente me tem dito. Essa tua parvoeira dos 18 anos, olha que te arrependes.

Tive os melhores 18 anos que alguma vez poderia imaginar. Tive cá de tudo, sem tirar nem por. 

Fiquem lá vocês com a vossa responsabilidade dos 20 e não sei quantos. Querem tanto que eu chegue lá. Ninguém me dá tempo. Eu um dia chego lá, se ninguém me matar antes. Ou se eu não me matar sem querer. De propósito parece-me pouco provável. 

O mais estranho desta merda toda é que não pareço tão infeliz. Não sei porquê mas tenho a ideia de ter mais mil razões para andar na miséria do que as que tinha há um ano ou dois, mas qualquer coisa cá dentro se clicou e deixou de ser lamechona. E depressiva. E poetisa. Uma destas ou outra qualquer, já nem sei. 

Sou má aluna agora. Não estudo e tenho más notas na faculdade. Não tenho um grupo de amigos fascinante, nem nada que se assemelhe. Não tenho ninguém que me ame, nem tão pouco mais ou menos. Nem amo ninguém, mas essa vá lá, Santo Padre, me mantenha assim saudável. Só ligeiras obsessões passionais, como todas as crianças do sexo feminino. Sou egoísta agora, já não dou nada a ninguém.

Pegou o disfarce, não foi?

Um dia passa.

15 de maio de 2010

cromos da bola

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Há qualquer coisa de extraordinariamente agradável em acordar pela manhã, ir à rua ver o que é que mexe, olhar para o carro da nossa mãe e pensar "Mas que raio?".

Eu sei que as crianças Azeitonenses se vêm obrigadas a medidas extremas de diversão devido à falta de entretenimento que esta terra proporciona, mas vai daí a taparem matrículas com autocolantes com jogadores de merda.. é que nem um Cristiano Ronaldo tiveram a dignidade de arranjar!




A minha mãe adorou, e eu também

13 de maio de 2010

i used to be schizophrenic

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But we're OK now!

12 de maio de 2010

don't you know that i'll be gone

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When you come around?

11 de maio de 2010

lost verticals

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Hahaha as coisas que tu me arranjas João!

More here.

10 de maio de 2010

everybody knows you're a liar

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Why don't I?
I just heard about your lovin' on the side
You're telling tall tales boy
Spinning webs too big to climb
Everybody know you're a liar, why don't I?

I always knew you were a fraud

You're lying through your teeth
You're not at all, not at all what you seem

Boy your love's so cheap, we been passing you around
There's cheating on you lips and you've been the talk of my town
Fix your mask boy
It's crooked on the side

Everybody know you're a liar what don't I?

9 de maio de 2010

campeões

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Gosto do Benfica. Gosto muito.

8 de maio de 2010

é isto mesmo

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A primeira "obra de arte" que comprei do meu bolso. E saiu caro.. But who cares? This is one hell of a cow!

6 de maio de 2010

here we go again

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Porquê, porquê, porquê, porquê, porquê, porquê, porquê, porquê, porquê?

4 de maio de 2010

6935 down

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How fucking many to go?

3 de maio de 2010

ever ever ever

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Promete, Nito, que nunca me vais deixar. Viste-me a estudar de manhã e vieste agora trazer-me uma pizza gigantesca acabada de fazer para eu me animar. Tu nunca me deixes Nito, ou eu não sei o que faço.