6 de fevereiro de 2009

sê, não dês

| |

A flor que és, não a que dás, eu quero.
Porque me negas o que te não peço.
Tempo há para negares
Depois de teres dado.
Flor, sê-me flor! Se te colher avaro
A mão da infausta esfinge,  tu perene
Sombra errarás absurda, 
Buscando o que não deste.

Ricardo Reis


Quem diria que o reizinho até acerta numas.

0 comentários: