23 de janeiro de 2010
um reparo
"Vou muitas vezes a Dessérios ver o que por lá vai e encontro sempre a mesma jovem e animada rapariga, desempoeirada e corajosa, que pensa e escreve ao bater do coração, que faz poesia e olha à sua volta com olhos de ver a cultura e o saber; uma jovem incomum, original e autêntica. E fico com pena de ter sido duro nas críticas que lhe fiz e repeso da minha imponderada altivez, de lhe ter falado de cátedra sem legitimidade para isso, de ter sido obtuso e excessivo, de em vez de criticar não ter elogiado. Já disse a um amigo comum, a quem entreguei os meus reparos, de como me sinto mal quando penso nisto ou vou a Dessérios. Ainda há pouco, no Largo da Fonte Nova, lhe vi nos olhos a inevitável censura. Ele também não esconde quanto incómodo lhe causei. É que, na verdade, a minha verdade pode não ser a verdade dela e não será certamente. Não seria necessário dizer-lhe para guardar as suas opiniões porque, ela, nunca o faria. Não é dessas. Está na cara. É autêntica. Folgo por isso. Assim seja com a sua medicina e que não vacile no bisturi. A vida é de quem corre para ela com a convicção de ser esse o melhor destino. E será o seu, estou convicto."
Não acho ser possível alguém compreender o quão puramente feliz fico ao ler isto. Este senhor que julgo ter idade para já ter feito muita coisa escreveu isto no seu blog. Eu não o conheço, mas ele conhece-me a mim. Suspeito que deve ter deixado algum comentário na "aula", e que eu lhe deva ter respondido torto.. mas não se importou. E eu só queria agradecer.
10 comentários:
esse blog tambem foste tu que inventaste, como a tua amiga imaginaria margarida!
LOL
sorry não pude deixar de rir com este ^ comentário
Quanto ao post.
Tiveste um comentario ao teu blog noutro blog? Brutaaaal
Não rosário, eu é que criei um blog, sobre o pseudónimo de Gilberto Domingos, e escrevi lá coisas boas sobre o meu! Foi a Margarida que me ajudou a ter a ideia.. Por amor de deus.
LOL pois fui ^^
ridículo
afinal a margaria é a rosy
ai ai..
esta mafalda é de facto bastante estupida
coitado do senhor...
Não. Não me conhece. Mas foi para a Mafalda que escrevi esta mensagem. Não a enviei para Dessérios por pudor e também para evitar comentários que, ao fim e ao cabo, acabaram por lhe ser enviados ao publicar, agora, “um reparo”. Desculpe um à parte. Aqueles comentários irritam-me por não terem expressão, não dizerem nada. E odeio o anonimato. É um desprezível sinal de cobardia, tolerável só por questões de segurança e nada mais. Quem comenta deve dizer frontalmente o que pensa. A honestidade intelectual é muito importante nas relações entre as pessoas. É, deontologicamente, um atributo inquestionável. Mas, voltando ao nosso assunto, dir-lhe-ei que a origem de “um reparo” esteve num escrito que lhe enviei, por interposta pessoa, em Agosto do ano passado. Com efeito, solicitaram-me, a seu pedido, que apreciasse os textos da Mafalda. Recebi-os, impressos, convicto de terem sido seleccionados por si. Aceitei e fiz uma crítica honesta. Não a faria de outra forma. Por mim e pelo respeito devido a uma autora muito jovem e interessada em perceber o seu futuro literário. Uma jovem que revelava uma grande coragem ao expor-se deliberadamente numa critica aos seus escritos. E fui duro. Excessivamente duro e não devia ter sido. Podia ter causado muito mal a quem não o merecia. Quis ser didáctico e não fui. Esperei uma reacção da sua parte que nunca chegou. Efectivamente, não tive retorno do meu parecer. Segui de longe o que ia fazendo. E aconteceu exigir de mim próprio um reparo que guardei a céu aberto e deu este resultado. (Agora fico com uma tremenda dúvida: teria a Mafalda recebido o texto crítico que fiz a seu pedido?) Ainda há pouco o tornei a ler. Reservo-o em inteira confidencialidade.
Peço desculpa, mas tenho de rectificar a data em que foi entregue o texto que elaborei sobre os seus escritos: foi exactamente a 27 de Agosto de 2007. Os anos passam depressa e, para mim, são um sopro a causar lapsos desta natureza. Não leve a mal. Mas veja só como o tempo muda as coisas.
GOD se eu me vez de anónimo meter o nome margarida começava a ter expresão ???
E a mafalda afinal não inventou este blog após uma pesquisa encontrei os livros que o Gilberto DOmingod publicou,mas a margarida de certeza que é um amigo imaginário o que mete pena.
Enviar um comentário