24 de novembro de 2008

o que é meu

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Devia continuar a ser sempre meu. Não desgosto de despachar coisas, mas tenho atrito a que se despachem de mim. Aliás, que se despachem de mim sem eu me despachar delas dantes: impensável. Que se despachem mesmo depois de eu as despachar: incómodo. Não sei explicar. E isto refere-se a tudo e a todos os tipos de possessões. I'm just a weird possessive being.

Há sempre uma vaga sensação de.. não sei, foi meu.. e já não é nem quero que seja, mas .. não sei.

Imaginem a seguinte situação meramente hipotética e alegórica. Eu arranjo um lápis amarelo. Só que passado um tempo o lápis é inútil e entediante, e o amarelo deixa de ter piada. Eu despacho o lápis, e arranjo outro. Fico feliz com esse novo lápis, escreve bem e tem uma cor bonita. E o que é feito do antigo? Vai parar às mãos de alguém? NÃO! Não pode! Bens pessoais não deviam ser recicláveis! Apesar do lápis antigo continuar entediante, não devia ser uso de ninguém.

Whatever..

Só espero que sejas o meu lápis durante muito tempo, e ser uma boa lapiseira para ti.

Ai deus isto soa ridículo.

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